terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tanta coisa muda em tão pouco tempo, que esse tempo passa e a gente nem percebe que é curto. Tão pouco tempo pra entender o que acontece, enquanto várias coisas acontecem ao mesmo tempo e eu sinto que me falta rítimo pra acompanhar esse mundo que não pára.
Mudamos a todo instante, a cada acontecimento e nem percebemos. Temos de conciliar coração e mente com o físico no nosso dia-a-dia e acabamos muitas vezes por embaralhar tudo e, se tem algo em que eu sou muito boa, é embaralhar tudo.
Nunca fui boa em equilibrar coisas, muito menos quando se tem que fazer isso sem pensar muito, pra não enlouquecer de vez, mas dessa vez eu passei dos limites. Joguei tudo pro alto num ato quase consciente só pra achar uma felicidade que eu julgava perdida. Pobre de mim, cega que sou, não vi que a felicidade estava ali, na minha frente.
Meses sem derramar uma lágrima, sem perceber o que havia feito e agora tento recolher no ar tudo que eu tinha jogado, fingindo que escorreguei e nada aconteceu, como de costume. Mas dessa vez é diferente, não podia esperar que fosse igual. Dessa vez ele cansou de ser jogado pro alto e foi buscar a felicidade - não tentei impedir - mesmo sua felicidade estando com a minha, que busco constantemente desde que a joguei pro ar e nunca mais a encontrei.
Agora passo meus dias cerrando minhas asas - para não ir mais atrás do meu amor - e atando minhas mãos, para da proxima vez não jogar tudo pro alto de novo - assim vou vivendo: sem amor, sem felicidade, com a certeza da constante mudança e a minha falha tentativa de me equilibrar.

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