Acho engraçado como, após a leitura de algum livro, acabo por narrar a minha vida com as palavras do autor.
Me atiro na história direto do fim, dando continuidade para aquelas vidas fictícias que ali ficaram. Sou ao mesmo tempo personagem e autor, narrando tudo que me rodeia, inclusive eu mesma.
Assim que vejo algo novo, crio imediatamente uma vida passada para aquilo, como se estivesse o acompanhando há algum tempo, me coloco naquilo e perco imediatamente o interesse por tudo já visto por mim.
Fecho os olhos e me vejo em qualquer outro lugar que não aqui. Uma calçada à beira-mar do Rio de Janeiro, uma rua de subúrbio em algum canto da Europa, uma praça seca e movimentada do Nordeste ou uma cidade poluída e industrializada do futuro. Não importa. Saio de casa e viajo pelo mundo no meu quarto em pleno sábado a noite.
Portanto, hoje não sou eu que vivo, sou outrem. Sou Castana Beatriz esperando ser amada por Benjamim Zambraia, mesmo não o amando mais. Fim.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
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Todas as vezes que eu leio 'Bridget Jones' fico morrendo de vontade de escrever um diário.
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